A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) confirmou 122 casos de febre Oropouche em seis municípios da região do Maciço do Baturité. Os municípios afetados são Aratuba (32 casos), Pacoti (29), Mulungu (26), Capistrano (12), Redenção (20) e Palmácia (3). Este surto é considerado atípico, pois a doença não é endêmica no estado.
Primeiros Casos
O primeiro caso da doença no Ceará foi registrado em 21 de junho de 2024, envolvendo um homem de 53 anos residente na zona rural de Pacoti. A febre Oropouche é transmitida principalmente pelo mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, que é comum em áreas de plantação e criações de animais.
Características do Mosquito
Antonio Lima Neto, secretário executivo de Vigilância em Saúde da Sesa, explicou que o mosquito vetor da febre Oropouche tem um habitat mais silvestre, diferente do mosquito da dengue. Ele é menor e está frequentemente presente em áreas rurais e de mata.
Perfil dos Infectados
Segundo o boletim epidemiológico, dos 122 casos confirmados, 56,5% são do sexo masculino, com idades variando entre 14 e 79 anos. A maioria dos infectados reside ou frequenta a zona rural de seus municípios. Os sintomas mais comuns incluem febre, dor de cabeça intensa e dores musculares.
Medidas de Prevenção
A prevenção é considerada individual e pode ser feita com o uso de roupas de mangas compridas e repelentes. É recomendado evitar horários de maior atividade do mosquito, como o fim da tarde e o início da manhã.
Casos Especiais
Entre os casos confirmados, três são gestantes, mas não houve agravamento do quadro clínico. Até o momento, todos os casos investigados têm como local provável de infecção a zona rural.
Diagnóstico e Tratamento
Ainda não há tratamento específico para a febre Oropouche. A detecção da doença é feita por meio de testes de biologia molecular que identificam o material genético do vírus. A Sesa enfatiza a importância de um diagnóstico diferencial e recomenda que a população procure uma unidade de saúde ao apresentar sintomas.
