O cooperativismo agrícola é um dos pilares que sustentam o desenvolvimento do campo brasileiro, conforme explica o empresário Aldo Vendramin, as cooperativas são mais do que associações de produtores, são instrumentos de organização, eficiência e força coletiva. Em um mercado cada vez mais competitivo, a cooperação entre agricultores permite reduzir custos, ampliar acesso a crédito e aumentar o poder de negociação frente à indústria e aos mercados internacionais.
Neste artigo vamos explicar o que são as cooperativas agrícolas e seu papel de destaque para a expansão do mercado.
O que é uma cooperativa agrícola?
Uma cooperativa agrícola é uma sociedade formada por produtores rurais que se unem para atingir objetivos comuns. O princípio básico é a colaboração: todos os cooperados participam de forma democrática, dividindo resultados e responsabilidades.

Como destaca o senhor Aldo Vendramin, o cooperativismo é uma das formas mais eficazes de fortalecer o pequeno e médio produtor, garantindo acesso a tecnologias, assistência técnica, insumos e mercados que, individualmente, seriam de difícil alcance. A união permite ganhos de escala e reduz a vulnerabilidade frente às oscilações de preço e custos de produção.
As cooperativas funcionam com base em sete princípios universais, estabelecidos pela Aliança Cooperativa Internacional: adesão livre, gestão democrática, participação econômica dos membros, autonomia, educação, intercooperação e interesse pela comunidade. Esses valores são o que diferencia o modelo cooperativo de empresas tradicionais.
A importância econômica e social das cooperativas
O cooperativismo agrícola é responsável por uma parcela significativa do PIB agropecuário nacional. O Brasil conta com mais de 1.200 cooperativas rurais, que reúnem cerca de 1 milhão de produtores e respondem por quase 50% da produção de alimentos do país.
Além da relevância econômica, as cooperativas exercem papel social fundamental. Elas promovem desenvolvimento regional, geram emprego, capacitam trabalhadores e estimulam a sucessão familiar no campo. O cooperativismo também fortalece comunidades ao reinvestir recursos localmente, gerando um ciclo virtuoso de crescimento sustentável.
As cooperativas criam um ambiente de confiança e transparência, onde o foco não está apenas no lucro, mas na prosperidade conjunta, explica o empresário Aldo Vendramin. Esse modelo de negócio é resiliente mesmo em tempos de crise, porque distribui riscos e responsabilidades entre os membros.
Como funcionam na prática?
O funcionamento de uma cooperativa agrícola é baseado na autogestão. Cada associado tem direito a voto e participa das decisões estratégicas, independentemente do tamanho de sua produção. Os lucros são distribuídos de forma proporcional à participação de cada cooperado, reforçando o senso de pertencimento e equidade.
Entre os principais serviços oferecidos pelas cooperativas estão:
- Compra coletiva de insumos e fertilizantes com preços mais competitivos;
- Armazenagem e beneficiamento de grãos e produtos;
- Comercialização conjunta, que aumenta o poder de negociação;
- Acesso facilitado a crédito e seguro rural;
- Assistência técnica e programas de capacitação para os cooperados.
O senhor Aldo Vendramin frisa que uma cooperativa eficiente é aquela que alia boa governança à inovação. A transparência financeira, o uso de ferramentas digitais de gestão e a adoção de práticas sustentáveis são diferenciais competitivos cada vez mais valorizados no mercado global.
O cooperativismo no contexto atual
Nos últimos anos, as cooperativas agrícolas vêm passando por um processo de modernização e profissionalização. A digitalização trouxe novas possibilidades de controle e eficiência, com o uso de softwares de gestão integrada, plataformas de marketplace e monitoramento de produção em tempo real. Junto a isso, há um movimento crescente de alinhamento com os princípios ESG (ambiental, social e governança). As cooperativas que incorporam práticas de sustentabilidade e responsabilidade social estão atraindo mais investidores e parceiros comerciais.
O cooperativismo digital também vem ganhando força, especialmente entre jovens produtores, que buscam modelos mais ágeis e participativos. Essa nova geração traz uma mentalidade orientada à inovação, sem perder os valores de solidariedade e confiança que são a essência do movimento cooperativo.
Dicas para escolher e fortalecer sua cooperativa
- Avalie a gestão: Priorize cooperativas com relatórios financeiros transparentes e governança sólida.
- Verifique o portfólio de serviços: Prefira aquelas que oferecem benefícios integrados, como assistência técnica, armazenagem e comercialização.
- Participe ativamente: A força do cooperativismo vem do engajamento. Vote, participe de reuniões e proponha melhorias.
- Busque capacitação: Aproveite cursos e treinamentos oferecidos pela cooperativa para aprimorar a gestão da propriedade.
- Promova o espírito de comunidade: A cooperação é mais forte quando há confiança e reciprocidade entre os membros.
O empresário reforça que o sucesso de uma cooperativa depende da união de seus integrantes. Quando o produtor entende que seu crescimento está ligado ao desenvolvimento coletivo, o sistema se torna mais sólido, eficiente e duradouro.
O cooperativismo agrícola é, ao mesmo tempo, um modelo econômico e um compromisso social. Ele une produtividade, ética e sustentabilidade em torno de um objetivo comum: fortalecer o campo e garantir renda ao produtor. Tal como considera, o futuro do agronegócio passa pela colaboração. As cooperativas continuarão sendo um elo fundamental entre tecnologia, competitividade e inclusão, mostrando que, no campo, crescer juntos ainda é o melhor caminho para prosperar.
Autor: Madea Bandor