A partir de sábado (6), a Pinacoteca do Ceará recebe a exposição “Síntese – Arte e Tecnologia na Coleção Itaú“. A mostra, uma parceria entre o museu e o Itaú Cultural, traz a Fortaleza obras de diferentes artistas nacionais e internacionais, que exploram diversos níveis de diálogo entre seres humanos e software.
Com classificação indicativa livre, a mostra segue em cartaz até 6 de outubro na Pinacoteca do Ceará. Reunindo 12 obras interativas, a exposição inaugura um novo recorte curatorial da Coleção Itaú.
Os trabalhos são assinados pelos artistas brasileiros Eduardo Kac, Waldemar Cordeiro, Abraham Palatnik e Gilbertto Prado. Além deles, a exposição traz obras de Jon McCormack (Austrália) e Miguel Chevalier (México), além das produções coletivas de Regina Silveira, Raquel Kogan, Christa Sommerer e Laurent Mignonneau (Alemanha e França), Julio Plaza e Moysés Baumstein (Espanha e Brasil), Edmond Couchot e Michel Bret (França) e LAbau.
A programação de abertura inclui um debate sobre curadoria de arte e tecnologia, reunindo o curador da exposição Leno Veras e a artista e pesquisadora Francisca Caporali, além da performance “O fim de Columbia“. A entrada é gratuita e o evento contará com acessibilidade em Libras.
Imersão e interação
Com obras que exigem a presença, o toque, o sopro e até mesmo a troca de dados para revelar as suas verdadeiras poéticas, a exposição “Síntese – Arte e Tecnologia na Coleção Itaú” promove um diálogo entre arte, tecnologia e ciência. Por meio de metodologias colaborativas e diferentes visões sobre as novas interfaces entre humanos, máquinas e o meio ambiente, passado e futuro se encontram num presente socioambiental e tecnológico, que suscita a experimentação e o interesse de diversos artistas.
Em sua maioria, os trabalhos funcionam por meio da interação tanto com visitantes – como em Ultra-Nature, de Miguel Chevalier – quanto entre os seus próprios softwares, a exemplo de Eden, do irlandês baseado na Austrália Jon McCormack. Nesta obra, o artista criou um ecossistema virtual no qual pequenas criaturas circulares evoluem por meio de um algoritmo genético.
Debate e performance
A programação de abertura contará com a apresentação da performance visual e sonora “O fim de Columbia”, com Mike, Durango, Trojany e Amorfas, a partir das 19h, no Pátio da Pinacoteca do Ceará. O trabalho, que será apresentado pela primeira vez, investiga e intersecciona a história em volta de tecnologias representativas da modernidade: o trem, a eletricidade, o rádio, a tv e a internet.