O especialista Rodrigo Balassiano expõe que a crescente digitalização das operações financeiras trouxe consigo uma preocupação cada vez maior com a privacidade de dados e a proteção de informações sensíveis. No setor de custódia de fundos, onde a segurança é primordial, as instituições enfrentam o desafio de garantir a confidencialidade dos dados de seus clientes ao mesmo tempo que cumprem regulamentações rigorosas.
Além disso, a constante evolução das ameaças cibernéticas exige que as empresas invistam continuamente em tecnologias avançadas e capacitação de seus profissionais para mitigar riscos e preservar a confiança dos investidores. Com a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil, as custodiantes precisaram reavaliar suas práticas para se adaptarem às novas exigências legais e à demanda por transparência.
Como as custodiantes estão adaptando suas estratégias de segurança?
Diante da necessidade de proteger dados sensíveis, as instituições de custódia estão investindo em tecnologias avançadas, como criptografia e autenticação multifatorial. Essas soluções ajudam a garantir que apenas pessoas autorizadas tenham acesso às informações dos clientes, reduzindo o risco de vazamentos. Rodrigo Balassiano ressalta que muitas empresas estão adotando sistemas baseados em blockchain para aumentar a transparência e a segurança nas transações, uma tendência ganhou força nos últimos anos.
Outra estratégia amplamente adotada é a revisão constante de políticas internas de governança de dados. As custodiantes estão treinando seus colaboradores para lidar com informações sigilosas de forma ética e responsável, minimizando erros humanos que podem comprometer a privacidade. Esse esforço conjunto entre tecnologia e gestão busca não apenas cumprir normas legais, mas também conquistar a confiança dos clientes, que estão mais conscientes sobre seus direitos digitais.
Qual o impacto da LGPD nas operações de custódia?
A LGPD impôs mudanças significativas nas operações de custódia de fundos, exigindo que as empresas revisassem suas práticas para garantir conformidade. Rodrigo Balassiano frisa que a lei estabelece diretrizes sobre como os dados pessoais devem ser coletados, armazenados e compartilhados, obrigando as custodiantes a implementarem processos mais transparentes. Isso inclui a obtenção de consentimento explícito dos clientes antes de utilizar seus dados.

Ademais, a LGPD introduziu penalidades severas para empresas que não cumprirem as normas, o que aumentou a pressão sobre as custodiantes para garantir total conformidade. Por isso, muitas instituições estão contratando especialistas em proteção de dados e realizando auditorias regulares. Essas medidas não apenas protegem os clientes, mas também fortalecem a imagem das empresas como agentes confiáveis no mercado financeiro.
Quais tecnologias estão moldando o futuro da privacidade na custódia de fundos?
Segundo Rodrigo Balassiano, a inteligência artificial (IA) e o aprendizado de máquina estão se tornando ferramentas essenciais para monitorar e proteger dados em tempo real. Essas tecnologias permitem que as custodiantes identifiquem padrões suspeitos e previnam fraudes antes que elas ocorram. Ao automatizar processos de análise de dados, as instituições conseguem reduzir o risco de violações enquanto mantêm a eficiência operacional.
Outra inovação promissora é o uso de biometria para autenticação de usuários. Senhas tradicionais estão sendo substituídas por métodos mais seguros, como reconhecimento facial ou digital, que oferecem maior proteção contra acessos não autorizados. Essas tecnologias não apenas melhoram a segurança, mas também proporcionam uma experiência mais conveniente para os clientes, que podem acessar seus fundos de forma rápida e segura.
O equilíbrio entre inovação e proteção
No cenário atual, a privacidade de dados é um pilar fundamental para o sucesso das operações de custódia de fundos. Rodrigo Balassiano conclui que à medida que as regulamentações se tornam mais rigorosas e as expectativas dos clientes aumentam, as custodiantes precisam equilibrar inovação tecnológica com proteção robusta de informações. Aqueles que conseguirem integrar esses elementos de forma eficaz estarão bem posicionados para prosperar em um mercado cada vez mais competitivo e regulado.
Autor: Madea Bandor